Colin Firth é o grande favorito para ficar com o Oscar de melhor ator por sua performance como o rei gago George VI, em "O discurso do rei", de Tom Hooper. Apesar de os apostadores darem como certa a vitória, estão firmes no páreo Javier Bardem ("Biutiful"), Jeff Bridges ("Bravura indômita"), James Franco ("127 horas") e Jesse Eisenberg ("A rede social").
Confira as chances de cada um dos astros nas premiação:
Colin Firth - grande favorito nas apostasHá algum prêmio que ele não tenha conquistado? Seu trabalho em "O discurso do rei", no qual interpreta George VI, incapaz de falar sem gaguejar, se deparou com o Globo de Ouro, o Bafta, o prêmio do Sindicato de Atores dos Estados Unidos e os prêmios das associações de Críticos de Chicago, Flórida, Kansas City, Los Angeles, Phoenix e Washington.
O filme narra a peculiar relação entre George VI e o fonoaudiólogo (Geoffrey Rush) que o ajudou a superar sua gagueira para se transformar no líder que o Reino Unido precisava perante a Segunda Guerra Mundial.O britânico vive um momento de ouro em sua carreira. A ponto de ser indicado à estatueta do Oscar do ano passado, em sua primeira nomeação, por "Direito de amar", que até então recebeu as melhores críticas de sua carreira. Agora, com "O discurso do rei" se superou, econseguiu deixar Elizabeth II "comovida" após assistir ao filme.
Após uma trajetória reconhecida em obras como "O paciente inglês" (1996) e "Shakespeare apaixonado" (1998), sucessos arrasadores ("O diário de Bridget Jones", 2001; "Simplesmente amor", 2003) e aparições rotineiras ("Bons costumes", 2008; "Genova", 2008), Firth parece ter alcançado o status de estrela.
O ator tem ainda pendente a estreia de "Tinker, Tailor, Soldier, Spy", baseada em um romance de John le Carré, e rodará "Gambit", dirigido por Michael Hoffman e escrita pelos irmãos Coen.
Javier Bardem - uma segunda opção?
Esta é a terceira indicação ao Oscar de Bardem, que interpretou com glória "Antes do anoitecer"(2000), Julian Schnabel, e fez história ao ganhar o prêmio em "Onde os fracos não têm vez" (2007), Joel e Ethan Coen.
Esta é a terceira indicação ao Oscar de Bardem, que interpretou com glória "Antes do anoitecer"(2000), Julian Schnabel, e fez história ao ganhar o prêmio em "Onde os fracos não têm vez" (2007), Joel e Ethan Coen.
Agora, pelas mãos do mexicano Alejandro González Iñárritu, buscará surpreender com seu dramático papel em "Biutiful", onde vive Uxbal, um doente terminal que vive os últimos dias de sua vida entre o amor de uma esposa bipolar e o abandono dos seus filhos.
O anúncio da indicação aconteceu poucos dias depois do nascimento de seu primeiro filho, fruto de seu casamento com a atriz espanhola Penélope Cruz, a quem dedicou recentemente o prêmio Goya ao melhor ator.
"A minha mulher e a meu filho por me despertarem todos os dias o coração e o sorriso", disse Bardem com um enorme sorriso, na primeira vez que falava de seu filho em público.
Há uns meses terminou a filmagem de seu novo filme de Terrence Malick ("é um experimento muito interessante em nível criativo", disse o ator à Agência Efe) e recentemente admitiu que negocia sua participação no novo filme de James Bond, dirigido por Sam Mendes, como o vilão da história.
Jeff Bridges - em busca de seu segundo Oscar consecutivoÉ o candidato mais experiente e o vencedor na edição passada, com o emocionante retrato de um cantor de country em "Coração louco". Foi a primeira estatueta dourada para o ícone do cinema americano, nomeado em outras quatro ocasiões por "O último golpe" (1974), "A última sessão de cinema" (1971), "Starman - o homem das estrelas" (1984) e "The contender" (2000).
Bridges volta às telas do cinema com o faroeste "Bravura indômita", pelas mãos de seus diretores preferidos: os irmãos Coen. Com eles rodou "O grande Lebowski" (1998), onde viveu um dos personagens mais conhecidos e influentes na sociedade americana: "The dude".
"Bravura indômita" é baseado em um relato publicado por Charles Portis em 1968 sobre a viagem em torno da figura de uma jovem de 14 anos, Mattie Ross (Hailee Steinfeld), e seu empenho em fazer justiça e resgatar o fugitivo Tom Chaney (Josh Brolin), o homem que matou seu pai.
Uma viagem no qual a acompanharão de má vontade dois pistoleiros agentes da lei e caça recompensas: o implacável bêbado com tapa-olho Rooster Cogburn (Bridges) e o ranger texano obstinado e charlatão LaBoeuf (Matt Damon).
Este ano, o ator também estreou "Tron: o legado", a sequência do filme cult "Tron", que retoma a história de Kevin Flynn (Bridges), um visionário informático que ficou apanhado nos circuitos de um super computador.
James Franco - o anfitrião premiado?Como confirmou a Academia de Hollywood, esta pode ser a primeira vez que o apresentador oficial da cerimônia de gala do Oscar levará a estatueta dourada. Pois bem, James Franco poderia quebrar a "maldição" nesta edição, já que fará o papel de mestre de cerimônias junto com Anne Hathaway e concorre ao prêmio por "127 horas", sua primeira nomeação.
Franco, no entanto, já declarou que não "importa" se no final declararem a cerimônia como "o pior Oscar da história", embora acredite que fará um bom papel. "Minha reação inicial foi dizer não. Depois pensei bem e me perguntei, por que não?", explicou Franco, que decidiu aceitar a proposta dos produtores quando seus agentes o recomendaram fazer o contrário.
"127 horas", dirigido por Danny Boyle, se baseia na história real do montanhista americano Aron Ralston, que em 2003 foi obrigado a amputar parte do próprio braço direito quando sofreu um acidente nas montanhas de Utah (EUA).
A desgraça de Ralston serve para que Boyle refletisse, mediante a poderosa interpretação de Franco, sobre a motivação que pode levar uma pessoa, em uma situação desesperada, a tomar decisões drásticas para sobreviver.
Franco ainda tem algumas estreias previstas "Your highness" para o mês de abril, uma comédia de David Gordon Green junto a Natalie Portman e Zooey Deschanel, e filmou "Rise of the Apes" junto a Freida Pinto, filme que chegará às salas de cinema em novembro.
Jesse Eisenberg - com o aval de Mark Zuckerberg
Eisenberg, em sua primeira indicação, é o responsável por interpretar na "A rede social" Mark Zuckerberg, criador do Facebook e eleito a "personalidade do ano" pela revista Time.
Eisenberg, em sua primeira indicação, é o responsável por interpretar na "A rede social" Mark Zuckerberg, criador do Facebook e eleito a "personalidade do ano" pela revista Time.
Embora Zuckerberg tenha criticado abertamente certas passagens do roteiro do filme, obra de Aaron Sorkin, o ator confessou recentemente em entrevista no programa "60 minutes" que o multimilionário achou a produção "interessante", da mesma forma que a interpretação do jovem ator, com quem apareceu ao lado no show "Saturday night live".
O diretor do filme, David Fincher, apresenta sua narrativa particular à trama que percorre a trajetória da criação do Facebook que é inspirada no livro "Bilionários por acaso", de Ben Mezrich.
Eisenberg interpreta Zuckerberg retratado como um jovem universitário de Harvard com poucas habilidades sociais e muito talento em informática que está disposto a tudo para conseguir seu objetivo de criar uma rede que revolucione as relações sociais, embora essa visão não seja compartilhada pelo autêntico Zuckerberg, que se negou a colaborar para o filme.
Eisenberg, que começou decolar em 2009 com as comédias "Zumbilândia" e "Solitary man", se confirmou como grande talento em Hollywood após seu trabalho em "Holly rollers" (2010) e estreias previstas como o desenho brasileiro "Rio" e a comédia "30 minutes or less", de Ruben Fleischer, o diretor de "Zumbilândia".