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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Risco de explosão em rodovia em Minas Gerais mobiliza 150 PMs

O risco de explosão após o vazamento de um produto altamente inflamável e volátil de uma carreta bitrem, em Manhuaçu (MG), na Zona da Mata, mobilizou na tarde deste sábado bombeiros, técnicos ambientais e cerca de 150 policiais militares.
Por volta das 18h30 desta sexta (25), o veículo, que carregava cerca de 50 mil litros de xileno de Camaçari (a 38 km de Salvador) a São Paulo, tombou na BR-116 e caiu na BR-262, no entroncamento entre as duas rodovias, próximo ao trevo de Realeza.
Aproximadamente 30 mil litros de xileno caíram num bueiro e atingiram o rio Manhuaçu, um dos cursos d'água que abastecem a cidade, segundo a Polícia Militar. O produto, que é muito volátil e pode se deslocar por distâncias consideráveis, pode ter se transformado em gás na galeria pluvial, disse a PM.
Porém, ainda de acordo com a PM, o material não entrou na estação de tratamento de água, pois a captação foi interrompida a tempo.
A cidade não deve ficar desabastecida, porque 70% da água vem de outro curso d'água, o córrego Manhuaçuzinho, disse a polícia.
ACIDENTE
A carreta tombou a cerca de dez metros de um posto de combustíveis. Houve uma explosão e princípio de incêndio, controlado pelos bombeiros.
Devido ao alto risco de alguma faísca provocar novas explosões, os policiais foram acionados para interditar esse e outros quatro postos de combustíveis próximos, além de ajudar a acalmar os viajantes.
As duas estradas ficaram completamente interditadas por mais de 18 horas. Por volta das 13h30, o tráfego começou a ser liberado em uma pista da BR-116, que liga o Rio de Janeiro a Salvador, para carros. A BR-262, entre Belo Horizonte e Vitória, continua bloqueada. Há congestionamentos nas duas rodovias.
RISCO
Bombeiros estão jogando água no caminhão para não deixá-lo se aquecer. Segundo o técnico do Núcleo de Emergência Ambiental da Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais) Nilton Oliveira, a inalação do vapor de xileno pode provocar náusea, tontura, dor de cabeça, dificuldade respiratória e perda de consciência.
A empresa responsável pelo transporte do produto químico é aguardada. Uma carreta sairia de Volta Redonda (a 112 km do Rio de Janeiro) levar a carga restante.
Segundo Nilton Oliveira, a demora ocorre porque a empresa não havia sido informada de que ainda havia xileno dentro do caminhão. A reportagem procurou a empresa, mas não conseguiu contato.