Veja as principais perguntas sobre as possibilidades de se antecipar grandes terremotos:
1. Os terremotos podem ser previstos?
Não. Pelo menos, não a tempo de se emitir um aviso de alerta para uma região e hora específicas. A maioria dos sismos acontece, porém, em localidades que se encontram em zonas sísmicas previsíveis [na junção de placas tectônicas].
Não. Pelo menos, não a tempo de se emitir um aviso de alerta para uma região e hora específicas. A maioria dos sismos acontece, porém, em localidades que se encontram em zonas sísmicas previsíveis [na junção de placas tectônicas].
2. O quanto podemos prever um terremoto?
Para locais com índices elevados de atividade sísmica, as chances de um tremor ocorrer no futuro, dentro de várias décadas, são bem altas.
Para locais com índices elevados de atividade sísmica, as chances de um tremor ocorrer no futuro, dentro de várias décadas, são bem altas.
"Temos estimativas que apontam que o sul da Califórnia possui 38% de chances de ter, nos próximos 30 anos, um terremoto de magnitude de 7,5 graus Richter ou mais", comenta o diretor do Centro de Terremotos do Sul da Califórnia, Thomas Jordan.
Em compensação, se a estimativa for para, por exemplo, a próxima semana, essa percentagem cai vertiginosamente a 0,02%, explica ele.
3. Por que grandes terremotos são difíceis de serem previstos?
Previsão confiável exige precedentes --algum tipo de sinal na terra que indica que um grande sismo está a caminho. Esse sinal surge apenas antes de grandes tremores e, até o momento, os sismólogos falharam em localizar esses sinais --se é que existem.
Previsão confiável exige precedentes --algum tipo de sinal na terra que indica que um grande sismo está a caminho. Esse sinal surge apenas antes de grandes tremores e, até o momento, os sismólogos falharam em localizar esses sinais --se é que existem.
4. Que tipo de sinais os sismólogos consideram para prever terremotos?
Uma variedade de sinais em potencial têm sido estudados, como concentração e aumento de gás radônio, mudança de atividade eletromagnética, ondas de sismos menores que antecedem um grande terremoto, deformação da superfície da Terra, mudanças geoquímicas na água subterrânea e, eventualmente, comportamento animal antes da ocorrência de um sismo de grandes proporções.
Uma variedade de sinais em potencial têm sido estudados, como concentração e aumento de gás radônio, mudança de atividade eletromagnética, ondas de sismos menores que antecedem um grande terremoto, deformação da superfície da Terra, mudanças geoquímicas na água subterrânea e, eventualmente, comportamento animal antes da ocorrência de um sismo de grandes proporções.
5. Quais os estudos que podem levar à previsão bem-sucedida de um terremoto no futuro?
Pesquisadores estão estudando sinais eletromagnéticos que antecedem os sismos de magnitude elevada. A base da pesquisa é o trabalho de Friedemann Freund, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa (agência espacial americana), na Califórnia. Freund mostrou que a compressão de uma rocha pode levar à formação de ondas elétricas na terra, que poderiam ser consideradas, por sua vez, na ocorrência de sinais eletromagnéticos atípicos que antecedem um sismo.
Pesquisadores estão estudando sinais eletromagnéticos que antecedem os sismos de magnitude elevada. A base da pesquisa é o trabalho de Friedemann Freund, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa (agência espacial americana), na Califórnia. Freund mostrou que a compressão de uma rocha pode levar à formação de ondas elétricas na terra, que poderiam ser consideradas, por sua vez, na ocorrência de sinais eletromagnéticos atípicos que antecedem um sismo.
6. Qual a probabilidade de ocorrer outro grande terremoto no Japão após esse último?
A Agência de Meteorologia do Japão previu perto de 200 tremores nos três primeiros dias após o terremoto do dia 11. Segundo a escala japonesa, que utiliza a Shindo ao invés da Richter, eles seriam fortes o suficiente para derrubar objetos no chão.
A Agência de Meteorologia do Japão previu perto de 200 tremores nos três primeiros dias após o terremoto do dia 11. Segundo a escala japonesa, que utiliza a Shindo ao invés da Richter, eles seriam fortes o suficiente para derrubar objetos no chão.
Entre os dias 14 e 17, a agência estima que haja 40% de chances de ocorrer tremores menores ou com até 5 pontos na escala Shindo, que varia de 1 (tremor sentido quando a pessoa não se move), 2 a 4 (tremor que não causa danos), 5 (objetos caem no chão) e 6 e 7 (grandes prejuízos).