Um tremor de magnitude 8,9 seguido de tsunami deixaram ao menos 385 mortos, mais de 948 feridos e 741 desaparecidos no leste do Japão e causaram ainda um vazamento de material radioativo na usina de Fukushima.
O correspondente da Folha Fabiano Maisonnave esteve no domingo (13) em Nakaminato, a 240 km do epicentro do terremoto que atingiu o Japão na última sexta-feira. No vídeo abaixo ele fala sobre a tranquilidade com que os japoneses estão reconstruindo suas vidas e da ausência de saques, violência e tensão pelas ruas, fatos comuns em outros países atingidos por catástrofes semelhantes.
O anúncio de corte no abastecimento de eletricidade e os atrasos no metrô obrigaram os cidadãos de Tóquio a mudar os hábitos e recorrer a meios de transporte como a bicicleta para chegar ao trabalho. Os residentes da cidade com a área metropolitana mais populosa do mundo, mais de 30 milhões de habitantes, tiveram que percorrer as grandes distâncias pedalando.
Um vídeo da rede de TV japonesa ANN mostra o momento em que o tsunami invade a cidade de Miyako, na província de Iwate, no nordeste do Japão. As imagens foram feitas na última sexta-feira (11).
O temor gerado pela situação da usina nuclear de Fukushima 1 aumentou neste domingo (13) após o nível de radiatividade subir para acima do permitido, em meio a intensos esforços de especialistas para reduzir o superaquecimento dos reatores. O problema surgiu depois que o sistema de refrigeração parou na sexta-feira por causa do terremoto que fez tremer o nordeste do país. No sábado foi registrada uma pequena explosão num dos contêineres que protegem os reatores, o que gerou um pequeno vazamento radioativo e afetou algumas pessoas que estavam na área.
A maior preocupação é que outros incidentes aconteçam se a temperatura nos recipientes não for controlada, podendo causar um acidente nuclear grave. Por precaução, 180 mil moradores de um perímetro de 20 quilômetros em torno da central foram retirados de suas casas.
As ruas de Tóquio, famosas por seu ritmo dinâmico, ficaram praticamente desertas neste final de semana, e as poucas pessoas que saíram de casa refletiam em seus rostos a preocupação por causa do terremoto de sexta-feira, o maior da história do Japão. As principais ruas de uma cidade de mais de 30 milhões de habitantes quase não contavam com pedestres e veículos.
No entanto, aos poucos a capital japonesa vai retomando seu ritmo. O sistema de comunicações e transportes voltou ao normal depois que do caos vivido na sexta-feira, quando as linhas telefônicas foram afetadas e a paralisação de metrôs e trens obrigou milhares de pessoas a dormir em locais improvisados.
A força da água do tsunami gerado pelo terremoto da última sexta-feira (11) no Japão arrastou carros, barcos e destruiu casas em toda a costa leste em imagens impressionantes. Confira:
O leitor Hiro Fukumoto registrou com celular, imagens do chão rachado em Tóquio, logo após o terremoto.
Um cinegrafista amador registrou destroços de prédios caindo na calçada.
As imagens aéreas mostram como o turbilhão arrasta tudo, inclusive uma lancha, para o seu vórtice.
Um vídeo publicado no YouTube mostra um incêndio em um tanque de gás no aeroporto de Haneda em Tóquio logo após o terremoto. Segundo a descrição do vídeo, um homem ficou ferido.
Imagens da TV japonesa mostram o momento em que um forte terremoto atingiu país.
A impressionante onda causada pelo terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira avança por terra firme, em imagens divulgadas pela TV japonesa. Destroços de casas, edifícios, objetos e até carros são levados pelas águas